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sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Plástico nos oceanos, tartarugas em perigo


Estudo refere que as tartarugas bebés são mais sensíveis ao plástico que comem do que as adultas. Metade das que foram encontradas mortas tinham o estômago repleto de lixo.
As tartarugas bebés são mais suscetíveis ao plástico que ingerem no mar do que as jovens e as mais velhas. Um estudo publicado na revista científica Nature, que analisou mil tartarugas mortas na Austrália, refere que metade dos répteis bebés tinham plástico no estômago, enquanto nas mais jovens o número diminuiu para 25% e, no caso, das adultas, para 16%.
O objetivo desta investigação, liderada por Britta Denise Hardesty, da Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation, um instituto de pesquisa científica australiano, foi saber até que ponto o plástico é a causa de morte destes répteis e que implicações têm no seu habitat natural.
O número de plásticos encontrados no interior dos animais variou entre um e 300 objetos plásticos e os cientistas concluíram que, no caso das tartarugas, a probabilidade de morrerem depois de ingerirem 14 objetos é de 50%.
Aliás, um estudo anterior a este, demonstrou que a população desta espécie tem vindo a decair drasticamente, com 60% das espécies já extintas ou em vias de extinção.
Já não é novidade que os animais marinhos consomem plástico devido às toneladas de lixo que todos os dias que chegam ao mar. As tartarugas foram dos primeiros animais observados a consumir plástico, com relatos de estômagos cheios de detritos que remontam aos anos 1980.
Apesar de alguns tipos de plástico serem inofensivos para o sistema digestivo dos animais marinhos, outros há que se acumulam no interior do seu corpo e bloqueiam a respiração.
As tartarugas desempenham um papel fundamental na formação dos ecossistemas e é essencial perceber de que forma o plástico as afeta antes que desapareçam por completo.


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